segunda-feira, 9 de julho de 2012

Comunidades: Vila Notícias: O site do Bairro Vila Velha

Comunidades: Vila Notícias: O site do Bairro Vila Velha: Vila Notícias: O site do Bairro Vila Velha O site Vila Notícia Online é um projeto criado por alguns moradores do Bairro Vila Velha, que ...

O memorial da América Latina em SP


São Paulo é uma cidade conhecida pelas produções artísticas e culturais.
A cidade se desenvolveu em ritmo acelerado e foi palco de grandes acontecimentos da história do Brasil.São Paulo tem espaços gigantescos que oferece entretenimento, formação e debate a cerca da cultura e do lazer, em especial, o Memorial da América Latina.
Localizado na Zona Oeste da cidade, seus 84.480 m², ao lado da estação de metrô e da rodoviária da Barra Funda, o Memorial é um convite permanente às manifestações artísticas e científicas latino-americanas, um apelo para que elas façam do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer a sua casa em São Paulo.


A idéia generosa de solidariedade e união latino-americana é tão antiga quanto as lutas no séc. XIX de Simón Bolívar, José Martí e San Martín por um continente livre e fraterno. A “Pátria Grande” vislumbrada por eles, porém, ficou esquecida no passado. Nos anos 80 do séc. XX, especialmente os brasileiros precisavam redescobrir a América. Os hispano-americanos também pareciam desconhecer a proximidade histórica, lingüística e cultural de seus vizinhos de língua portuguesa.

Era preciso lembrar quem somos a nós mesmos. Para isso foi inaugurado em 18 de março de 1989 o Memorial da América Latina, com o conceito e o projeto cultural desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro. Assim, o Memorial nasceu com a missão de estreitar as relações culturais, políticas, econômicas e sociais do Brasil com os demais países da América Latina.

Desde então ele vem cumprindo seu papel. O Memorial fomenta a pesquisa e divulga seus resultados. Apóia a expressão da identidade latino-americana e incentiva seu desenvolvimento criativo. Coordena iniciativas de instituições científicas, artísticas e educacionais do Brasil e de outros países ibero-americanos. E difunde a história dos povos latino-americanos às novas gerações de estudantes.


No Memorial acontecem muitas atividades gratuitas, inclusive cursos,acesse o site e saiba mais

II Regata Popular do Assentamento Maceió - CE


“Pesca Artesanal e Turismo Comunitário: Valorizando a Cultura dos Povos Nativos”





Este foi o tema da II Regata Popular do assentamento Maceió e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST aconteceu neste Domingo 01 de Julho, mas as atividades culturais e esportivas que fizeram parte do evento começaram mais cedo, desde a preparação de mais este evento, jovens da comunidade participaram das oficinas de confecção e pintura das velas.

No sábado dia 30, na parte da tarde os jovens da comunidade e os visitantes puderam ter aulas de surf os que foi acabar a noite e se dependesse da empolgação da galera seguiria madrugada adentro.



Mas essa tarefa de manter a animação da festa ficou por conta do cantor e companheiro de lutas que veio direto de Crateús Silvio Holanda http://www.youtube.com/watch?v=OB35w8SPw9I


Por volta das 22:00hs a mística e a queima de fogos marcou o início da festividade do evento mais popular e participativo da história das regatas, já que não é a única da região, mas o diferencial é que esta festa é preparada pelas famílias que permanecem acampadas á beira da praia para defender interesses comuns de uma comunidade de pescadores que sofre com a expansão imobiliária predatória e oportunista.


No Domingo teve:
Missa ás 10:00hs para abençoar a luta da comunidade e a entrada dos pescadores no mar.

Futebol de areia e saída das pequenas embarcações para a competição e show a tarde toda com muito reggae http://pt.wikipedia.org/wiki/Reggae, forró e alegria pra dar conta do resto da semana.



 Apropriação da festa para resistir e denunciar.

 A elite que se aproxima do litoral cearense, tem o especula áreas de preservação, produção de alimentos por conseqüência tem paisagens belíssimas, tudo isso para construir grandes empreendimentos para hotelaria, turismo, exploração tem objetivos claros que é a exploração dos recursos naturais em grande escala, entre outras atividades que não tem nada que promova um desenvolvimento das famílias do local e do ecoturismo sustentável e principalmente consciente.

A II Regata da Praia de Maceió serviu para mandar um recado bem claro aos empresários gananciosos que pretendem expulsar nossas famílias de suas terras:
“Estamos aqui pra defender nosso espaço,defender a Reforma Agrária para o futuro da humanidade,dos nossos filhos e da nossa cultura”, como afirma um dos organizadores do evento, o Seu Chico Neuzita, eu é pescador,aqüicultor e membro participativo da comunidade http://www.aquiculturabrasil.com/2012/01/significado-e-especialidades-da.html.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sem veneno no meu prato, sem barrar nossa cultura! Minha cultura

O samba fazendo a luta e a luta fazendo o samba!

 

Essas palavras fazem mjuito sentido quando a ação e a prática caminham juntas e a militância avança no debate sobre questões ligadas á produção artística,cultural e de comunicação.

O posicionamento do povo organizado em diversas entidades teve destaque quando no evento da AgroBrasil, espaço preparado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para a Rio+20.

Neste espaço pudemos denunciar que  “o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo”.

Esse é nossa intervenção direta, queremos debater juntos um novo projeto de sociedade e já que não somos chamados para discutir, criamos formas alternativas de nos posicionarmos frente ao descaso deste Estado, que por vezes em muitos momentos da nossa história oprime,reprime,banaliza nossa capacidade de refletir e mudar a realidade.

Manifestantes da Via Campesina em poucos minuitos ocuparam o espaço, e uma enorme maquete, que simulava um latifúndio moderno, foi coberta por cartazes que diziam “Reforma agrária gera emprego e alimentos saudáveis. Agrotóxico mata”. Em forma de samba, os militantes da via campesina cantaram:

“Comida ruim ninguém aguenta, é a Syngenta.
É veneno em todo canto, é a Monsanto.
Mata gente e mata rio, é a Cargil.
Agronegócio, a mentira do Brasil.”

O espaço AgroBrasil é organizado pela CNA no Pier Mauá, na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, e conta com o apoio da Monsanto, frigorífico JBS, Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).  
 

Pois é, o famoso “Comida ruim ninguém aguenta...", pegou na quadra, como diziam os antigos. Mérito para a qualidade do samba e do coletivo que o sustenta e o produz.

Mais uma vez a unidos marcando presença forte nas atividades do movimento e cumprindo seu papel no combate ideológico.

Tem maior satisfação para os sambistas que verem seus sambas cantados pelo povo?

 Pra provar o que escrevo, sugiro que dêem uma olhada no link abaixo, onde o samba é citado bem embaixo do logo daquela que espalha veneno em todo canto. Vejam lá.

http://brasileducom.blogspot.com.br/2012/06/multinacionais-na-mira-da-cupula-dos.html

No link abaixo aparece um dos versos do samba como lema da manifestação:

http://www.mst.org.br/content/campesina-acaba-com-festa-da-hipocrisia-da-cna-e-denuncia-recorde-de-agrotoxicos

Já no link da Carta Maior, que segue abaixo, o refrão do samba aparece escancarado. Vejam lá:

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20428&alterarHomeAtual=1

Coletivo de ritimistas da Escola de Samba Unidos da Lona Preta

"Lona preta,olê!"

domingo, 24 de junho de 2012

A volta da asa branca para o sertão

Por Rozana Maria


Luiz Gonzaga do Nacimento, nasceu em 13 de dezembro de 1912 em Exu, sertão do Estado de Pernambuco. Foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião, foi umas das mais completas e importantes figuras da música popular brasileira. Cantando sempre acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo.
Levou a alegria das festas juninas e forrós pé –de- serra. Como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua terra árida, o sertão nordestino para o resto do país, num período que poucas pessoas conheciam o baião, o xote e o xaxado. Admirados por grandes músicos como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, ganhou notoriedade com as canções Baião Asa Branca, Siridó, Juazeiro, qui nem Jiló e Baião de Dois.
Este ano, se vivo estivesse, Gonzagão, como ficou conhecido, completaria exatos 100 anos de vida em dezembro e, com certeza, se comoveria em saber que “Asa Branca”, retrato da dura realidade de seu povo, ainda é uma das músicas mais populares do Brasil e que sua obra representa o melhor da cultura nordestina.

Apelo a Gonzaga

Retorna, Rei, no voo da "Aza Branca"
Planta outra vez teu canto neste chão
Desce num raio feito de baião
Com tua arte genuína e franca

Volta, Rei Lua, e fica no sertão
E o sofrimento desse povo estanca
Corre esse mundo inteiro e alavanca
O valor que o Nordeste tem na mão

Retorna, Lula, que o Exu te aguarda
Veste o gibão, ostenha tua farda
Faz da sanfona cetro e do chapéu

Tua coroa, Rei da minha gente
Fica de vez que Deus vai certamente
Seguir teu rastro e se mudar do céu!
 Exu, 13/ Dezembro/ 2009.
Antônio Marinho

A arte do couro de João Demilton


Por Rozana Maria 

João Demilton nasceu em Campina Grande, Paraíba. é Bacharel em Relações Públicas, artesão em couro como sandálias, acessórios e reconstituição de lavraduras em cadeiras, além de ser também ator e dançarino.




Ele se dedica há mais de 25 anos ao artesanato feito em couro. Iniciou produzindo bijuterias e bolsa. Mas hoje a dedicação maior dele é à produção de sandálias em couro e à restauração de cadeiras clássicas. A marca de João Demilton é a D’Campina Artesanal, situada na Vila do Artesão, Seção: Couro, Loja 53, na Rua Almirante Barroso, s/n Centro Campina Grande, Paraíba.

João mora sozinho na Zona Rural de Campina Grande, onde tem o seu ateliê. É lá que desenvolve sua criatividade para transformar couro em incríveis acessórios. A divulgação e a venda do seu trabalho se dão através dos amigos, e quem compra as peças fazendo o uso diário delas, mostrando o grande talento e as belas obras desse artista.



Nas mãos habilidosas de João Demilton, couro, tecido e papel-cartão se transformam em arte. É na pesquisa, na vivência e na criatividade da cultura regional que ele encontra inspiração para fazer as peças, as quais têm materiais, cores e formas típicas do Nordeste.






 Mais informações acesse: http://criajoao.blogspot.com.br/

domingo, 29 de abril de 2012

O centenário de um cinema que resistiu com a força do povo


Por Viviane Brigida

Um espaço das elites paraense no início do século vinte, O “CINE OLYMPIA” tornou-se do povo no século vinte um, pois foi com protestos da população que um dos cinema mais antigos do Brasil está em funcionamento. 




 
O “CINE OLYMPIA” caracterizou-se como um espaço público e alternativo em relação aos espaços comerciais que fazem parte da indústria cinematográfica, onde os cinemas estão localizados principalmente em shoppings centers.
"OLYMPIA” como é conhecido, veem fortalecendo a magia da sétima arte, além de ser um registro de uma história cultural, inaugurado em 24 de abril de 1912, em Belém do Pará.
Em suas curiosidades, ele foi idealizado para levar o cinema à elite de Belém na época em que ainda se fazia sentir a prosperidade da borracha (a extração do látex da seringueira nativa, produzindo fortunas entre os industriais da época) tornando-se um espaço cultural da "Belle-Époque".
Nesse tempo (1912) o cinema era uma diversão popular, e existiam perto de 20 espalhados pelos bairros da cidade, alguns nada mais do que barracões com telas improvisadas e bancos corridos.
No dia da inauguração do cinema “luxuoso”, o programa foi de filmes com curta metragem. Os longas chegariam pouco depois e vinham em lotes por navio, algumas cópias compradas para correr a região. Nessa época exibia-se muito filme europeu, especialmente suecos, alemães e dinamaqueses.
Seus gerentes afirmam que o “CINE OLYMPIA é uma referência emocional obrigatória para quem realmente é cinemaníaco. Ele viveu vários momentos de sucesso e também de perdas, especialmente quando houve uma grave crise no mercado exibidor nos anos 90. Mas mesmo assim, renasceu. E quando parecia tudo perdido, no momento que o proprietário do cinema anunciou seu fechamento em 2006, mais uma vez o Olympia renasceu partindo da manifestação popular que não aceitou o fechamento da sala e chegando na feliz decisão da prefeitura local em locar o espaço e manter viva sua atividade: cinema.
Dessa forma, o sonho continua. Parabéns Cinema Olympia!

Vídeo homenagem da Universidade da Amazônia


Para saber mais:

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vocês abusaram...Tiraram partido de nós....

O Projeto de lei Anti Baixaria que foi aprovado hoje na Bahia, demonstra que devemos refletir sobre a cultura popular e sobre o papel da mulher na sociedade.                                      
                                                                                                                                                  Por Silvana Bezerra

Baianas politizadas e cansadas, iniciaram um "basta" contra a desvalorização da mulher nos shows pagos com dinheiro público.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Já a algum tempo, nos deparamos com letras de músicas evazivas, percebemos o declínio daquilo que nos orgulhamos em relação aos outros países, já que historicamente lançamos no mercado fonográfico grandes nomes da nossa Música Popular Brasileira MPB, que com certeza concordam que a algum tempo a produção musical em nosso país passa por um declínio de valores.

“Nós temos que barrar isso”, diz a deputada. “É uma coisa assim muito absurda. Não tem sentido. É um tipo de música muito ruim. Incentiva a violência, desqualifica a mulher. É um monte de maluquice que não tem cabimento. Eu acho que um estado que chamou pra si a responsabilidade de acabar, ou diminuir, pelo menos, a desigualdade entre homens e mulheres não pode estar pagando.

Quando você paga com dinheiro público, está incentivando, reforçando aquilo. Em Camaçari mesmo o prefeito Luiz Caetano já disse para o coordenador de eventos: “Não pago nenhuma banda que venha para cá com essas músicas de baixaria, nem com música que desqualifique a mulher”, declarou à Tribuna.


O uso da mulher como mercadoria e objeto não pode ser banalizado.


Parabéns a essa iniciativa e que sirva de incentivo aos outros grupos de mulheres do Brasil inteiro!

Fontes: http://digasalvador.com.br/2011/noticia_sel.php?id=21877
http://www.campograndern.com.br/?p=6701

segunda-feira, 26 de março de 2012

Encontro das batucadas do povo brasileiro

Carnaval Contra - Hegemônico dá um exemplo de retorno ás origens das festas populares nos bairros de São Paulo.
União dos blocos de carnaval no Patriarca.
Tudo junto e misturado:Unidos da lona Preta, Boca de Serebesqué e Unidos da Madrugada deram o tom da festa que não tem disputa, nem grandes estruturas, logo não há custo, sem discriminação e totalmente politizada, consciente e muito alegre!
                                                                                                                       Por Silvana Bezerra


Foi uma autêntica festa popular!

Finalmente o carnaval pôde acontecer para quem faz o carnaval,quem merece participar desta festa que se transformou em um grande espetáculo que restringe a participação da maioria.

Compreendendo a necessidade de mudar essa realidade, as batucadas de diferentes locais da Grande São Paulo, se reuniram e saíram ás ruas da Zona Leste da capital paulista para demonstrar a capacidade de articulação dos movimentos sociais, grupos de jovens, grupos de teatro para "sambar" na contra mão da lógica da cultura, arte para consumo como mera mercadoria nesta sociedade capitalista. 


O recado foi dado!Estamos nas ruas,estamos fazendo samba, arte e crítica, nosso cordão aumenta a cada ano e com isso estamos cada vez mais fortes.

Valeu Unidos da Lona Preta, valeu Boca de Serebesqué e valeu Unidos da Madrugada!
Permaneceremos juntos fazendo samba, fazendo a luta e fazendo a formação política, seja nas ruas, no palco, nas comunas, na festa, a todo tempo e lugar! 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Desconhecendo o carnaval em Cajamar

Carnaval de Cajamar.
Uma crônica para além da Indústria Cultural.
                                                                                                                                Por Silvana Bezerra.

O carnaval chegou ao fim, mas ficou uma sensação de frustração nos moradores de Cajamar que permaneceram na cidade durante a festa mais aguardada do ano.
Sim, porque não se falava em outra coisa nas mídias de comunicação de massa ( rádio,TV e jornal impresso).Assim que passou a festa de ano novo, ficamos aguardando os dias acabarem para que o carnaval pudesse dar o ar de sua graça em 2012.
Por fim ele chegou e passou pela cidade de Cajamar disfarçado... Disfarçado?
O carnaval não conseguiu ser autêntico e tradicional em uma das cidades mais importantes da Grande São Paulo.
 Cajamar
 Pois neste local, o boiódromo, quem foi até lá, teve que pular o carnaval ao som de sertanejo eletrônico, axé, funk, mas samba não...O samba que dá o ritmo do carnaval paulista, não foi nem lembrado.


Eu, particularmente senti saudade do bom e velho samba.
Ahhh, o samba, que saudade dos sambas enredo!!!

Conseguimos colocar nossa escola de samba Unidos da Lona Preta na rua no sábado à noite, mas não foi o suficiente para dar conta da expectativa da grande festa que começa na sexta e vai até a madrugada da quarta – feira de cinzas. Até porque poucos moradores puderam participar, alguns disseram que não sabiam, outros alegaram que soube em cima da hora e achou que o cortejo que desfilou por quatro importantes ruas da periferia de Cajamar voltaria no dia seguinte, mas foi em vão a espera.

Nós nos desafiamos, essa foi a primeira tentativa de mudança. Entendemos que é necessário fazer um carnaval de verdade e contra hegemônico nesta cidade, mas essa nossa primeira experiência nos mostrou que precisamos de muita garra, muita paciência e principalmente insistência para que algo mude.
Sentimos a angústia do povo cajamarense que sente a falta de mais opções de expressões culturais que realmente possa representar essa população tão diversa. Somos negros, nordestinos, somos homens e mulheres de histórias, origens e pensamentos diferentes, nos sentimos carentes de cultura e arte.
Nossa carência se transformou em rebeldia! E agora?
Agora:Seguuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuura Cajamar!!!!!
Como diz aquela canção do Titãs :
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade

terça-feira, 6 de março de 2012

“Eu sou do Maranhão, vim para cantar”


Por Iris Pacheco 
 
Da Bahia direto para o Maranhão. Recentemente postei aqui sobre o projeto “Relicário” da cantora e compositora baiana Mariene de Castro. Hoje vou me ater a falar um pouco do prestigiado trabalho da cantora maranhense Rita Ribeiro, que assim como a baiana reverência as tradições religiosas afro-brasileiras.

Rita Ribeiro iniciou sua carreira em São Luís do Maranhão em 1996 e no ano seguinte lançou seu primeiro CD também intitulado por “Rita Ribeiro”

Assim, como as canções, existem cantores que atuam de tal forma, que nos pegam de jeito, nos embalam em seu ritmo. É nesse sentido que o inovado projeto “Tecnomacumba” de Rita se destoa no palco da cultura popular brasileira. Fincado tematicamente nas religiões de matrizes africanas, a Umbanda e o Candomblé, o show se torna um sucesso de público e crítica. 
 Para registrar o sucesso que se tornou o projeto, a cantora lança em 2006 o CD “Tecnomacumba” com o mesmo repertório do show. 
 
Em comemoração e consequentemente dando continuidade ao aclamado trabalho em 2009 Rita lança o CD e DVD “Tecnomacumba – A tempo e ao vivo”.

Espontânea e criativa, "a musa da inspiração" Rita  Ribeiro mescla os pontos de terreiro e composições de outros cantores com batidas eletrônicas. O resultado é uma rica e curiosa versão de um show distinto, original por temática e composição que envolve cada vez mais o público. Consagrando seis anos de sucesso do projeto, este ultimo trabalho tem a participação da cantora Maria Bethânia, além dos depoimentos de Alcione, Ney Matogrosso, Angela Leal e Jean Wyllys.



Mais informações acesse: http://www2.uol.com.br/ritaribeiro/

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

“Uma história de rebeldia contra a exploração”


Por Iris Pacheco

O livro a montanha é algo mais que uma imensa estepe verde de Omar Cabezas, lançado em 2008 pela Editora Expressão Popular, é a narrativa de uma pequena parte da história de rebeldia do povo nicaraguense contra a exploração. 

A obra referência reflexões práticas e teóricas sobre a inserção militante do autor na Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) a partir da década de 60. Os relatos também expressam a conjuntura sócio-política da época, formas de organização do FSLN, assim como a elaboração de estratégia e tática de luta contra o capitalismo.

Das dúvidas de Omar durante esse processo revolucionário da Nicarágua a certeza de que em nossas solidões devemos pensar em nossas dores e em como enfrentá-las. E que nos momentos difíceis, não nos vejamos mais subitamente sozinhos. Pois, logo mais a frente, há aqueles que também seguem resistindo.

Sem dúvida este é um livro para ler nos momentos de desesperança. Quando pensamos em desistir das causas pelas quais lutamos. É justamente em meio a esse turbilhão que conseguimos enfrentar nossos medos e resistir sem nos sentirmos sozinhos. Poque a coragem e persistência daqueles que construíram a luta da humanidade por sua emancipação “nos dá forças para seguir adelante”. Mas, sobretudo, é uma obra para se ler nos momentos de esperança, quando “vencer nossas derrotas, traçar e discutir atuais e novas estratégias e planos de luta se faz necessário para continuidade da luta de nossa classe”.


Historicamente a coragem dos que tombaram na luta sempre foi símbolo chama para reacender das cinzas a força de vontade para se seguir nessa jornada pela construção do “homem novo”, que busca construir uma nova sociedade que seja justa e igualitária.

 No entanto, é durante a viagem pela trajetória narrativa de Omar que se compreende a força e coragem de se organizar e lutar mediante as injustiças cometidas contra o povo. Essa capacidade de seres aparentemente duros, ásperos, mas que procuraram cultivar em si “uma grande ternura de homens”. Capacidade forjada no calor do sofrimento, lá onde se forja também os valores humanos “que são contaminados pelos vícios da sociedade burguesa”. Mas, que em meio a montanha, a chuva, a lama e a solidão, são estritamente apropriados. 

Para adquirir o livro acesse http://www.expressaopopular.com.br/livros/expressao-popular/montanha-e-algo-mais-que-uma-imensa-estepe-verde
 

Carnaval 2012

Carnaval Contra Hegemônico 2012 - Unidos da Lona Preta : Um exemplo de luta e resistência popular através do samba paulistano.
                                                                                                                                Por Silvana Bezerra


“E fez-se a luta: uma homenagem a toda Companheirada ”.


A Escola de Samba Unidos da Lona Preta em 2012 homenageia os militantes de base, anônimos que fazem a luta no dia-a-dia, mantendo acesa a chama da libertação da classe trabalhadora.
Para entender melhor a temática elaborada para a composição do samba, vale ler em anexo a sinopse da Unidos da Lona Preta, com uma síntese de nossas idéias para o carnaval de 2012. O samba foi elaborado coletivamente após um processo de formação e discussão sobre o tema escolhido. Da escolha do tema passou-se às formações, discussões e elaboração da sinopse. A partir do texto da sinopse foi composto o samba-enredo.
 
Uma Homenagem À Toda Companheirada” 
  
É com muita alegria e comprometimento com as lutas de nosso povo que a Escola de Samba Unidos da Lona Preta apresenta seu Enredo para o ano de 2012: “... E Fez-se A Luta: Uma Homenagem À Toda Companheirada”. Por séculos o povo brasileiro vive humilhado e explorado por opressores nacionais e internacionais. 
Nas mais variadas faces, a exploração empurrou nosso povo à pobreza e à morte. No entanto, mesmo sob tanta violência, jamais puderam calar nossa voz. Do lamento passa-se à luta, da tristeza surge a raiva, da passividade vem a ação. O povo se organiza, se encontra, debate, protesta, planeja seus passos, pensa num futuro melhor... E fez-se a luta. 
 Surge o MST, síntese de uma tradição guerreira de nosso povo. Contra o latifúndio, contra o capitalismo, pela Reforma Agrária. Nosso movimento nunca baixou a cabeça diante dos opressores e gritou bem alto: a luta é pra valer. Esse grito ecoou no país e no mundo. Somos um dos mais importantes movimentos sociais da história do Brasil e com muitos aliados mundo afora. Com unidade e ação, somos fortes... E fez-se a luta. 
Para representar a grandeza do MST e do povo brasileiro, textualmente serão citados cinco militantes que fazem no dia-a-dia o movimento acontecer. Estes representarão a todos nós, pelo que fazem, fizeram e significam para nossa organização. 
 *Vanessa dos Santos: sem-terrinha de oito anos assassinada no massacre de Corumbiara. Criança também luta. Sua vida é exemplo da busca por um mundo mais humano. 
 *Mestre Geraldo: a força do samba, a crença na cultura popular como arma de transformação. A semente que foi plantada lá atrás e que nós colhemos e fazemos florescer. Que deixou saudades. Teu repique segue ecoando em nossos corações.
 *Laércio, preso político. Pai de quatro filhas, esposo, negro, de origem pobre. Surdo de primeira que bate firme. Lutador exemplar, incansável, admirado e querido. O MST te aguarda para seguirmos juntos na caminhada. O povo brasileiro te precisa. Como dizem os Racionais: as grades de ferro jamais prenderão nossos pensamentos. 
 *Mauro, senhor e menino. Puro coração. Pura emoção. Plantador e formador. Migrante que superou as dificuldades da vida e gritou: o MST me levantou! Esta Luta nos levantou! Exemplo de humildade e perseverança. Sabedoria cultivada na escola da vida. 
Almerinda comanda o trio de chocalhos
 *Almerinda, tia a quem pedimos a benção e a licença pra cantar samba. Embala seu chocalho construindo o tempo da igualdade entre mulheres e homens. Mãe, fecundando o sonho de uma vida melhor para seus filhos e filhas, neste caso, toda a humanidade. Negra, da cor da noite, do sofrimento na pele, a sabedoria nos olhos. Guerreira. Mulher. Linda!

 Este tema é uma homenagem, um carinho da Escola de Samba Unidos da Lona Preta a todos àqueles e aquelas que cotidianamente batalham pelo nosso movimento. Uma homenagem aos companheiros e às companheiras que plantam, colhem, suam, no campo e na cidade, nas marchas e panfletagens. Um reconhecimento a todos e todas que no dia-a-dia fazem a luta acontecer: quem consegue o recurso para a alimentação em um curso de formação; quem cozinha nos encontros; quem pinta bandeiras de madrugada; quem lida com papeladas fazendo relatórios; quem sabe a hora certa de colher o fruto; quem anda quilômetros para cumprir uma tarefa; quem cuida das crianças nas cirandas.
 Estes e estas representam, povo brasileiro, povo trabalhador, ou seja, TODOS NÓS, que não desistimos diante das dificuldades e que seguimos firmes e fortes. Cabeça erguida, dignidade inabalável. Se o presente é de luta, o futuro é nosso... 
E fez-se a luta. Somos José, Pedro e Maria, somos Geralda, Teresa e Manoel. SOMOS SEM TERRA!... E fez-se a luta!


“E fez-se a luta: uma homenagem à toda companheirada”
A vida muda a luta, a luta muda a vida
Sou Sem-Terra com dignidade (Refrão)
Batucada na avenida
Construindo a unidade
De punhos erguidos
A Unidos vem cantar
Pra quem tá na correria, no dia-a-dia
Plantando a resistência popular
Infância Sem-Terrinha é na ciranda
Cozinha coletiva faz comer a ocupação
O coração batendo ao som do samba
A foice e a baqueta na mão
O pulso firme e forte das mulheres
Debate de idéia em reunião
E nem mais um minuto de silêncio
Àqueles que tombaram neste chão
Não matarão, nossos sonhos de criança
Que na nossa militância, para sempre prevaleça (Refrão)
O repique de Geraldo, o sorriso de Vanessa
Laércio, a justiça burguesa
Não prenderá a consciência
Da classe que em sua formação
Fez Tio Mauro buscar
A beleza e o pão
Almerinda, a benção, madrinha
Negra, vem da dor o saber
Os teus olhos guerreiros
Nos fizeram entender (que)