quarta-feira, 28 de março de 2012

Vocês abusaram...Tiraram partido de nós....

O Projeto de lei Anti Baixaria que foi aprovado hoje na Bahia, demonstra que devemos refletir sobre a cultura popular e sobre o papel da mulher na sociedade.                                      
                                                                                                                                                  Por Silvana Bezerra

Baianas politizadas e cansadas, iniciaram um "basta" contra a desvalorização da mulher nos shows pagos com dinheiro público.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Já a algum tempo, nos deparamos com letras de músicas evazivas, percebemos o declínio daquilo que nos orgulhamos em relação aos outros países, já que historicamente lançamos no mercado fonográfico grandes nomes da nossa Música Popular Brasileira MPB, que com certeza concordam que a algum tempo a produção musical em nosso país passa por um declínio de valores.

“Nós temos que barrar isso”, diz a deputada. “É uma coisa assim muito absurda. Não tem sentido. É um tipo de música muito ruim. Incentiva a violência, desqualifica a mulher. É um monte de maluquice que não tem cabimento. Eu acho que um estado que chamou pra si a responsabilidade de acabar, ou diminuir, pelo menos, a desigualdade entre homens e mulheres não pode estar pagando.

Quando você paga com dinheiro público, está incentivando, reforçando aquilo. Em Camaçari mesmo o prefeito Luiz Caetano já disse para o coordenador de eventos: “Não pago nenhuma banda que venha para cá com essas músicas de baixaria, nem com música que desqualifique a mulher”, declarou à Tribuna.


O uso da mulher como mercadoria e objeto não pode ser banalizado.


Parabéns a essa iniciativa e que sirva de incentivo aos outros grupos de mulheres do Brasil inteiro!

Fontes: http://digasalvador.com.br/2011/noticia_sel.php?id=21877
http://www.campograndern.com.br/?p=6701

segunda-feira, 26 de março de 2012

Encontro das batucadas do povo brasileiro

Carnaval Contra - Hegemônico dá um exemplo de retorno ás origens das festas populares nos bairros de São Paulo.
União dos blocos de carnaval no Patriarca.
Tudo junto e misturado:Unidos da lona Preta, Boca de Serebesqué e Unidos da Madrugada deram o tom da festa que não tem disputa, nem grandes estruturas, logo não há custo, sem discriminação e totalmente politizada, consciente e muito alegre!
                                                                                                                       Por Silvana Bezerra


Foi uma autêntica festa popular!

Finalmente o carnaval pôde acontecer para quem faz o carnaval,quem merece participar desta festa que se transformou em um grande espetáculo que restringe a participação da maioria.

Compreendendo a necessidade de mudar essa realidade, as batucadas de diferentes locais da Grande São Paulo, se reuniram e saíram ás ruas da Zona Leste da capital paulista para demonstrar a capacidade de articulação dos movimentos sociais, grupos de jovens, grupos de teatro para "sambar" na contra mão da lógica da cultura, arte para consumo como mera mercadoria nesta sociedade capitalista. 


O recado foi dado!Estamos nas ruas,estamos fazendo samba, arte e crítica, nosso cordão aumenta a cada ano e com isso estamos cada vez mais fortes.

Valeu Unidos da Lona Preta, valeu Boca de Serebesqué e valeu Unidos da Madrugada!
Permaneceremos juntos fazendo samba, fazendo a luta e fazendo a formação política, seja nas ruas, no palco, nas comunas, na festa, a todo tempo e lugar! 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Desconhecendo o carnaval em Cajamar

Carnaval de Cajamar.
Uma crônica para além da Indústria Cultural.
                                                                                                                                Por Silvana Bezerra.

O carnaval chegou ao fim, mas ficou uma sensação de frustração nos moradores de Cajamar que permaneceram na cidade durante a festa mais aguardada do ano.
Sim, porque não se falava em outra coisa nas mídias de comunicação de massa ( rádio,TV e jornal impresso).Assim que passou a festa de ano novo, ficamos aguardando os dias acabarem para que o carnaval pudesse dar o ar de sua graça em 2012.
Por fim ele chegou e passou pela cidade de Cajamar disfarçado... Disfarçado?
O carnaval não conseguiu ser autêntico e tradicional em uma das cidades mais importantes da Grande São Paulo.
 Cajamar
 Pois neste local, o boiódromo, quem foi até lá, teve que pular o carnaval ao som de sertanejo eletrônico, axé, funk, mas samba não...O samba que dá o ritmo do carnaval paulista, não foi nem lembrado.


Eu, particularmente senti saudade do bom e velho samba.
Ahhh, o samba, que saudade dos sambas enredo!!!

Conseguimos colocar nossa escola de samba Unidos da Lona Preta na rua no sábado à noite, mas não foi o suficiente para dar conta da expectativa da grande festa que começa na sexta e vai até a madrugada da quarta – feira de cinzas. Até porque poucos moradores puderam participar, alguns disseram que não sabiam, outros alegaram que soube em cima da hora e achou que o cortejo que desfilou por quatro importantes ruas da periferia de Cajamar voltaria no dia seguinte, mas foi em vão a espera.

Nós nos desafiamos, essa foi a primeira tentativa de mudança. Entendemos que é necessário fazer um carnaval de verdade e contra hegemônico nesta cidade, mas essa nossa primeira experiência nos mostrou que precisamos de muita garra, muita paciência e principalmente insistência para que algo mude.
Sentimos a angústia do povo cajamarense que sente a falta de mais opções de expressões culturais que realmente possa representar essa população tão diversa. Somos negros, nordestinos, somos homens e mulheres de histórias, origens e pensamentos diferentes, nos sentimos carentes de cultura e arte.
Nossa carência se transformou em rebeldia! E agora?
Agora:Seguuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuura Cajamar!!!!!
Como diz aquela canção do Titãs :
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade

terça-feira, 6 de março de 2012

“Eu sou do Maranhão, vim para cantar”


Por Iris Pacheco 
 
Da Bahia direto para o Maranhão. Recentemente postei aqui sobre o projeto “Relicário” da cantora e compositora baiana Mariene de Castro. Hoje vou me ater a falar um pouco do prestigiado trabalho da cantora maranhense Rita Ribeiro, que assim como a baiana reverência as tradições religiosas afro-brasileiras.

Rita Ribeiro iniciou sua carreira em São Luís do Maranhão em 1996 e no ano seguinte lançou seu primeiro CD também intitulado por “Rita Ribeiro”

Assim, como as canções, existem cantores que atuam de tal forma, que nos pegam de jeito, nos embalam em seu ritmo. É nesse sentido que o inovado projeto “Tecnomacumba” de Rita se destoa no palco da cultura popular brasileira. Fincado tematicamente nas religiões de matrizes africanas, a Umbanda e o Candomblé, o show se torna um sucesso de público e crítica. 
 Para registrar o sucesso que se tornou o projeto, a cantora lança em 2006 o CD “Tecnomacumba” com o mesmo repertório do show. 
 
Em comemoração e consequentemente dando continuidade ao aclamado trabalho em 2009 Rita lança o CD e DVD “Tecnomacumba – A tempo e ao vivo”.

Espontânea e criativa, "a musa da inspiração" Rita  Ribeiro mescla os pontos de terreiro e composições de outros cantores com batidas eletrônicas. O resultado é uma rica e curiosa versão de um show distinto, original por temática e composição que envolve cada vez mais o público. Consagrando seis anos de sucesso do projeto, este ultimo trabalho tem a participação da cantora Maria Bethânia, além dos depoimentos de Alcione, Ney Matogrosso, Angela Leal e Jean Wyllys.



Mais informações acesse: http://www2.uol.com.br/ritaribeiro/