segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sem veneno no meu prato, sem barrar nossa cultura! Minha cultura

O samba fazendo a luta e a luta fazendo o samba!

 

Essas palavras fazem mjuito sentido quando a ação e a prática caminham juntas e a militância avança no debate sobre questões ligadas á produção artística,cultural e de comunicação.

O posicionamento do povo organizado em diversas entidades teve destaque quando no evento da AgroBrasil, espaço preparado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para a Rio+20.

Neste espaço pudemos denunciar que  “o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo”.

Esse é nossa intervenção direta, queremos debater juntos um novo projeto de sociedade e já que não somos chamados para discutir, criamos formas alternativas de nos posicionarmos frente ao descaso deste Estado, que por vezes em muitos momentos da nossa história oprime,reprime,banaliza nossa capacidade de refletir e mudar a realidade.

Manifestantes da Via Campesina em poucos minuitos ocuparam o espaço, e uma enorme maquete, que simulava um latifúndio moderno, foi coberta por cartazes que diziam “Reforma agrária gera emprego e alimentos saudáveis. Agrotóxico mata”. Em forma de samba, os militantes da via campesina cantaram:

“Comida ruim ninguém aguenta, é a Syngenta.
É veneno em todo canto, é a Monsanto.
Mata gente e mata rio, é a Cargil.
Agronegócio, a mentira do Brasil.”

O espaço AgroBrasil é organizado pela CNA no Pier Mauá, na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, e conta com o apoio da Monsanto, frigorífico JBS, Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).  
 

Pois é, o famoso “Comida ruim ninguém aguenta...", pegou na quadra, como diziam os antigos. Mérito para a qualidade do samba e do coletivo que o sustenta e o produz.

Mais uma vez a unidos marcando presença forte nas atividades do movimento e cumprindo seu papel no combate ideológico.

Tem maior satisfação para os sambistas que verem seus sambas cantados pelo povo?

 Pra provar o que escrevo, sugiro que dêem uma olhada no link abaixo, onde o samba é citado bem embaixo do logo daquela que espalha veneno em todo canto. Vejam lá.

http://brasileducom.blogspot.com.br/2012/06/multinacionais-na-mira-da-cupula-dos.html

No link abaixo aparece um dos versos do samba como lema da manifestação:

http://www.mst.org.br/content/campesina-acaba-com-festa-da-hipocrisia-da-cna-e-denuncia-recorde-de-agrotoxicos

Já no link da Carta Maior, que segue abaixo, o refrão do samba aparece escancarado. Vejam lá:

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20428&alterarHomeAtual=1

Coletivo de ritimistas da Escola de Samba Unidos da Lona Preta

"Lona preta,olê!"

domingo, 24 de junho de 2012

A volta da asa branca para o sertão

Por Rozana Maria


Luiz Gonzaga do Nacimento, nasceu em 13 de dezembro de 1912 em Exu, sertão do Estado de Pernambuco. Foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião, foi umas das mais completas e importantes figuras da música popular brasileira. Cantando sempre acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo.
Levou a alegria das festas juninas e forrós pé –de- serra. Como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua terra árida, o sertão nordestino para o resto do país, num período que poucas pessoas conheciam o baião, o xote e o xaxado. Admirados por grandes músicos como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, ganhou notoriedade com as canções Baião Asa Branca, Siridó, Juazeiro, qui nem Jiló e Baião de Dois.
Este ano, se vivo estivesse, Gonzagão, como ficou conhecido, completaria exatos 100 anos de vida em dezembro e, com certeza, se comoveria em saber que “Asa Branca”, retrato da dura realidade de seu povo, ainda é uma das músicas mais populares do Brasil e que sua obra representa o melhor da cultura nordestina.

Apelo a Gonzaga

Retorna, Rei, no voo da "Aza Branca"
Planta outra vez teu canto neste chão
Desce num raio feito de baião
Com tua arte genuína e franca

Volta, Rei Lua, e fica no sertão
E o sofrimento desse povo estanca
Corre esse mundo inteiro e alavanca
O valor que o Nordeste tem na mão

Retorna, Lula, que o Exu te aguarda
Veste o gibão, ostenha tua farda
Faz da sanfona cetro e do chapéu

Tua coroa, Rei da minha gente
Fica de vez que Deus vai certamente
Seguir teu rastro e se mudar do céu!
 Exu, 13/ Dezembro/ 2009.
Antônio Marinho

A arte do couro de João Demilton


Por Rozana Maria 

João Demilton nasceu em Campina Grande, Paraíba. é Bacharel em Relações Públicas, artesão em couro como sandálias, acessórios e reconstituição de lavraduras em cadeiras, além de ser também ator e dançarino.




Ele se dedica há mais de 25 anos ao artesanato feito em couro. Iniciou produzindo bijuterias e bolsa. Mas hoje a dedicação maior dele é à produção de sandálias em couro e à restauração de cadeiras clássicas. A marca de João Demilton é a D’Campina Artesanal, situada na Vila do Artesão, Seção: Couro, Loja 53, na Rua Almirante Barroso, s/n Centro Campina Grande, Paraíba.

João mora sozinho na Zona Rural de Campina Grande, onde tem o seu ateliê. É lá que desenvolve sua criatividade para transformar couro em incríveis acessórios. A divulgação e a venda do seu trabalho se dão através dos amigos, e quem compra as peças fazendo o uso diário delas, mostrando o grande talento e as belas obras desse artista.



Nas mãos habilidosas de João Demilton, couro, tecido e papel-cartão se transformam em arte. É na pesquisa, na vivência e na criatividade da cultura regional que ele encontra inspiração para fazer as peças, as quais têm materiais, cores e formas típicas do Nordeste.






 Mais informações acesse: http://criajoao.blogspot.com.br/